domingo, 17 de janeiro de 2010

Epifania do Senhor - ANO C – Mt 2,1-122O

Natal é a manifestação do amor de Deus para conosco. A Epifania é a manifestação de sua glória ao mundo. Na visita dos magos pagãos, contemplamos a revelação de Jesus, o Filho de Deus, como o Salvador, não apenas de Israel, mas de todos os povos.Deus recorre a todos os meios para tornar pública a presença de Deus no mundo: os anjos, os pastores, os magos.

Os anjos, que anunciam aos pastores a grande alegria do nascimento do Salvador (Lc 2,11). Os pastores, que vão até Belém ao encontro do Menino Deus, contando o que lhes fora dito a respeito do Menino, deixando a todos maravilhados com suas palavras (Lc 2,10s). Os magos, que levam a notícia a Herodes e à cidade inteira de Jerusalém (v. 2-3). Geográfica e socialmente tem início a expansão do reino de Deus.“Viram um sinal no céu.” Os magos viram a estrela e procuraram o significado do “sinal”. Deus chama e envia. Chamados, acreditaram no sinal e puseram-se a caminho, indo até Jerusalém.
O sinal, a estrela, à luz da fé, simboliza a linguagem de Deus. Ela guia os magos por todo o caminho, levando-os até Herodes e daí até Belém.Todos os sinais, bons ou maus, que acontecem em nossa vida, podem levar-nos a Deus. Os magos, de coração aberto, corresponderam ao chamado de Deus. Herodes, porém, empedernido, na sua ânsia de grandeza e poder, fechou-se para Deus.Todo homem consciente ou inconscientemente procura aquela felicidade que só Deus pode dar.

Os magos simbolizam essa busca do homem e o compromisso assumido no encontro com Deus.“Os magos viram o Menino com Maria, sua Mãe, e, prostrando-se, o adoraram e ofereceram-lhe presentes: ouro, incenso e mirra”, presentes que competiam unicamente aos reis (v. 11): o ouro, simboliza a realeza - ele é rei; o incenso puro, a divindade - ele é Deus; a mirra, a humanidade - ele é Homem.

O gesto dos magos simboliza o início da submissão de todos os povos a Deus, ao Senhor Único e Verdadeiro. A salvação em Cristo veio para todo o mundo.“Os magos, avisados em sonho que não voltassem a Herodes, regressaram à sua terra por outro caminho” (v. 12).* Quantas vezes em nossa vida brilha uma estrela, indicando o caminho que devemos seguir! A “estrela” são os sinais enviados por Deus, seja um acontecimento bom ou desagradável, uma boa palavra, uma boa leitura, a Bíblia, os sacramentos: uma boa Confissão, a Eucaristia. O importante é deixar-se conduzir pela “estrela” que pousa lá onde está o Salvador: Cristo Jesus.

Vamos refletir:

- Procuro conhecer qual a vontade de Deus a meu respeito? - Acolho a Palavra de Deus como uma manifestação - epifania - do Senhor? - Meu coração está aberto a todas as raças e nações sem acepção de pessoas? - Sei reconhecer os sinais de Deus em minha vida? - Procuro ser uma “estrela” a iluminar o caminho de meus irmãos? - Vejo na epifania a expansão missionária da Igreja?

Frei Floriano Surian, ofm




segunda-feira, 11 de janeiro de 2010


Creio em Deus Pai Todo-Poderoso, criador do céu e da terra. E em Jesus Cristo, seu único Filho Nosso Senhor, que foi concebido pelo poder do Espírito Santo, nasceu da Virgem Maria , padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado, desceu a mansão dos mortos, ressucitou ao terceiro dia, subiu aos Céus, está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso, donde há de vir a julgar os vivos e mortos. Creio no Espírito Santo. Na Santa Igreja Católica, na comunhão dos santos, na remissão dos pecados, na ressurreição da carne, na vida eterna. Amém.

Salve Rainha


Salve Rainha, Mãe de misericórdia, vida, doçura e esperança nossa, salve! A vós bradamos os degradados filhos de Eva. A vós suspiramos, gemendo e chorando neste vale de lágrimas. Eia pois advogada nossa, esses vossos olhos misericordiosos a nós volvei. E depois deste desterro, mostrai-nos Jesus, bendito fruto de vosso ventre. Ó clemente ! ó piedosa ! ó doce sempre Virgem Maria! V. Rogai por nós Santa Mãe de Deus. R. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo. Amém.

01. Pelo Sinal da Santa Cruz


Pelo sinal da Santa Cruz, livrai-nos, Deus, nosso Senhor, dos nossos inimigos. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém

Aprendendo a Rezar _ INVOQUEMOS O ESPÍRITO SANTO


VOQUEMOS O ESPÍRITO SANTO PARA FAZERMOS A LEITURA DO EVANGELHO:
Oração do Espírito SantoVinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado e renovareis a face da terra.OremosDeus que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito e gozemos sempre da sua consolação. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.

domingo, 10 de janeiro de 2010

Festa do Batismo do Senhor - C


“Batizado o Senhor, os céus se abriram e o Espírito Santo pairou sobre ele sob forma de pomba. E a voz do Pai se fez ouvir: Este é o meu Filho muito amado, nele está todo o meu amor!”(cf. Mt 3, 16s).
Meus queridos Irmãos,
Solenidade memorável a liturgia da Igreja nos apresenta nesta quadra inicial do ano de 2010: recordamos o Batismo de Nosso Senhor Jesus Cristo, com a precípua finalidade de relembrarmos o nosso Batismo. Batismo que nos introduz na vida da Igreja, lavando nosso pecado original e nos tornando membros da única e santa Igreja de Jesus Cristo. Como especialista em direito o que mais me fascina é a acertiva dos tratadistas canônicos que afirmam com grande cúria: “Pelo Batismo tornamos cidadãos do céu, fiéis com direitos e com deveres na Igreja de Cristo, aptos para a vida de comunidade”.Batismo que significa uma renovação dos compromissos com a nova evangelização e uma fidelidade ao projeto de Deus, expresso na ação e nas palavras de Nosso Senhor Jesus Cristo. Também com a solenidade do Batismo do Senhor encerramos o tempo santo do Natal.
Irmãos e Irmãs,
A primeira indagação de nossa liturgia de hoje deve ser a seguinte: Por que Jesus foi batizado? Para que batizar uma pessoa, que é Deus, e que não tinha pecado original? O Batismo de Jesus tem um significado especial, porque ele assinala o início da vida pública de Nosso Senhor. Toda a narrativa do Evangelho de Lucas fala das qualidades daquele que vem salvar a humanidade: maior que o grande e penitente, o profeta João Batista, filho muito amado do Pai, cheio do Espírito Santo que desce sobre ele em forma corpórea, e com ele permanecerá e dele será a testemunha através dos tempos; será o Cordeiro de Deus, que carregará todos os pecados, ou seja, será o salvador, o redentor da humanidade, o caminho que une o céu à terra, o garante da fidelidade da nova e eterna aliança.
O batismo que hoje lembramos caminha para outro batismo que recordaremos na Páscoa: a morte e ressurreição de Jesus. Quando os filhos de Zebedeu pedem a Jesus o privilégio de se assentarem um à direita e outro à esquerda na glória, Jesus lhes pergunta: “Aguentareis ser batizados com o batismo com que tenho de ser batizado?”(cf. Mc 10,38).
Tudo isso para indicar que é pela morte que Jesus se torna a pedra fundamental de um novo mundo. E é pelo batismo que nós somos introduzidos nesse mundo novo, mas será pela morte a nós mesmos que nos tornamos pedras vivas da Casa de Deus, para usar uma expressão do primeiro Apóstolo, São Pedro.No Evangelho de hoje(cf. Lc 3,15-16.21-22) João Batista, o precursor, o último profeta do Antigo Testamento, anuncia que Jesus vai batizar com o Espírito Santo, pois ele estava batizando com água. Manifestação ou anúncio do poder messiânico de Jesus, porque a força do Espírito Santo é capaz de purificar, de fortalecer, de restaurar, de quebrar as cadeias dos prisioneiros, de dar luz aos cegos e, sobretudo, de justificar, isto é, de fazer a criatura humana cumprir a vontade de Deus com amor filial. Assim, quem cumprir este caminho, pode ser como o Espírito de Jesus, o espírito da Santidade. Meus irmãos,O mandato do Batismo é do próprio Senhor Jesus que na hora da Ascensão, aludindo ao poder que tinha no céu e na terra, mandou batizar a todos os povos(cf. Mt 28,18-19). Assim,
São Paulo, com grande cúria, numa de suas epístolas aos Efésios ensinou que: “Fortes selados com o selo do Espírito Santo” e este selo será o bilhete para a herança eterna, para a vida em Deus, para a vida da graça e da santidade.Porque se deixar batizar? Não somente para se ver livre do pecado original, mas mais do que tudo isso, é aceitar a Jesus, é ter consciência da vida de fé que é chamado a participar da comunidade.
Outra dimensão importante do batismo é a dimensão missionária, porque todos nós queremos ver Jesus no clamor dos bispos brasileiros, dentro do mutirão da nova evangelização, e, particularmente, dentro do espírito permanente das missões que nos iluminou a V Conferência Geral do Episcopado Latinoamericano de Aparecida. Ver Jesus é exercitar nosso batismo, que é acima de qualquer coisa estabelecer uma santa sintonia entre as profecias anunciadas na primeira leitura e a missão de Jesus, professada no Evangelho pela manifestação do Espírito Santo, e colocada em prática pela Igreja militante que peregrina neste mundo de contradições, de sofrimento e de dor.
Meus caros irmãos,
A Primeira Leitura(cf. Is. 42,1-4.6-7), de Isaías, descreve aquele homem justo – cuja identidade a distância do passado apagou – que animou o povo judaico durante o exílio babilônico. A escola de Isaías lhe consagrou quatro cantos: os cantos do “Servo de Javé”. No primeiro canto, lido hoje ouvimos a eleição deste servo predileto de Javé, para levar ao povo e mesmo às “ilhas”(os continentes, os outros povos) a verdadeira religião, isto é, o verdadeiro conhecimento do Deus de misericórdia e fidelidade.
Ele é aliança com os povos, luz das nações, para restaurar a paz e a felicidade de todos os oprimidos. Reconhecemos aqui o quase trágico universalismo dos judeus, que, no seu Exílio, tomaram consciência de serem as testemunhas do verdadeiro Deus no meio das nações.A Segunda Leitura(cf. At 10,34-38) é o resumo do “querigma” ou anúncio dos Apóstolos ao mundo, proclamando a missão de Jesus como Messias e Filho de Deus, a partir de seu batismo por João. Em At 10, esta proclamação é feita aos pagãos, amigos do centurião Cornélio, o que dá um tom específico de universalismo a esta leitura.
Caros irmãos,
A liturgia de hoje não deixa de mencionar nosso próprio batismo e a filiação divina. De fato, se nós continuamos realizando o sinal de João Batista, é exatamente porque queremos unir-nos com Jesus que, neste sinal, assumiu a vontade de Deus e sua missão. Nosso batismo, portanto, nos torna partícipes da missão do Servo e Filho amado. Também nos qualifica como filhos, embora a nossa vida, com a graça de Deus, ainda deverá tornar-nos plenamente o que somos chamados a ser.Assim o Espírito Santo de Deus desceu sobre Jesus enquanto rezava. Ele desce também sobre a comunidade dos fiéis reunida em oração, comemorando sua descida sobre Jesus no Rio Jordão.
Ele nos fará reconhecermos como filhos e filhas muito amados de Deus em Jesus Cristo e dar testemunho desta vida no mundo. Essa é a nossa missão, nesta peregrinação que iniciamos com Jesus no início do tempo comum. Amém!

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

2010 - Ano de caminhar sob à Autoridade do Amor!


Por: Jerônimo Lauricio
Missionário e Seminarista da Comunidade Canção Nova.
Bacharel em Filosofia
Site: www.jeronimolauricio.com


Nestes primeiros dias do ano, lhes partilho que cada vez mais eu me convenço de que nossos gestos precisam estar o tempo inteiro envolvidos no Amor Redentor de Jesus. Redenção é aquela bonita experência que podemos fazer de ser retirados de um lugar ou posição inferior e ser colocados num lugar e/ou posição nobres. A partir do horizonte do Cristianismo, é como ser levado da condição de “Adão” à condição do “Cristo”, onde sua autoridade amorosa nos tira da miséria do pecado e nos leva à Redenção.

E por que autoridade amorosa? Autoridade vem do latim – AUGERE – e significa aumentar, elevar, fazer crescer. Diferentemente do que sabemos, a autoridade verdadeira não reclama para si uma posição ou estado de superioridade face ao outro. Ao contrário, quando enraizada no Amor, ela revela em sua essência e em sua etimologia que quem faz uso dela, para acreditar em sua própria grandeza não precisa rebaixar o outro, mas de outro modo elevá-lo, fazê-lo crescer…. É isso que a autoridade de Cristo faz com a nossa condição humana. Nos retira do “solo adâmico”, lava-nos os pés (Jo 13, 4-5), e nos faz experimentar o seu Amor Redentor.

É interessante que esta autoridade de Jesus incomoda os fariseus e escribas do seu tempo, pois, “com efeito, Ele ensinava como quem tinha autoridade e não como eles, os escribas” (Mt 7, 28-29). É tão bonito como Jesus olha para cada um dos que Ele encontra em seu caminho, lhes devolvendo a condição de homem novo e de mulher nova, que foi subtraída pela miséria do pecado. São tantas curas, tanto encontros, tantas devoluções… Jesus quando viu por exemplo a Maria Madalena, Ele fez com que aquela mulher voltasse a ver aquilo que ela era, não uma prostituta, mas uma filha de Deus criada por Ele, e não aquilo que o pecado a tornou (Jo 8, 1-11).

Outros encontros amorosos são o de Jesus com Zaqueu (Lc 19, 1-9); a cura do cego de Jericó (Lc 18, 35-43); a escolha dos Apóstolos (Mt 10, 1-8)… Bem, o que não falta é ocasião e terreno para Jesus cultivar as sementes desta autoridade que ama e salva. O tempo inteiro como discípulos a gente corre o risco de não saber cultivar destas sementes, muito embora o Bom Mestre tenha nos ensinado. A gente corre o risco até de oscilar no comportamento daqueles fariseus que se dirigiam a Jesus perguntando-lhe: “Dize-nos com que direito fazes essas coisas, ou quem te deu essa autoridade?” (Lc 20, 2). A propósito, diante desta pergunta, não é de estranhar que Jesus tenha se recusado a lhes responder (Lc 20, 8). A grandeza destes gestos está velada no Amor, e só quem ama é capaz de percebê-los e exercitá-los. Os fariseus certamente tinham alguma dificuldade, porque se calçavam o tempo inteiro em uma falsa autoridade enraizada no homem velho. E aqui permitam-me ir um poquinho mais na gênesis daquela pergunta: ao que parece, aqueles escribas agem assim porque desprezam ou desconhecem o verdadeiro sentido de homem que é recordado na autoridade amorosa de Jesus. E aqui penso que é interessante saber que a palavra grega para homem é ANTHROPOS e vem de ANATRAPEIN, significando pois, “reerguer alguma coisa” , trazê-la para cima. Curioso é que a Biologia e sua Lei da Evolução nos sugere esta mesma explicação quando fala da gênesis do homem: caminhávamos, segundo ela cabisbaixos, encurvados, e aos poucos nos tornamos eretos. (Bem, isso não entra no mérito da nossa partilha…heheh…citei a título de curiosidade). De qualquer modo, penso que nos permite entender o que Jesus em sua Auotoridade nos faz quando nos encontramos encurvados pelo peso do pecado e de toda miséria humana: o seu Amor nos faz homens e mulheres novos, reerguidos, voltados para o alto!

Uma última palavra agora é sobre o ”direito” reclamado por aqueles fariseus a Jesus. Ele é tão simples e redentor quanto a Autoridade. Veja bem: a raiz da palavra direito é a mesma do verbo latino “REGERE” , isto é, conduzir, endireitar, reger… Quando nos encontramos com Jesus, o seu Amor nos eleva e nos conduz por caminhos antes nunca percorridos. E o bonito é que depois de elevados e conduzidos nossa missão é endireitar o caminho de outros e também fazê-los crescer, para que se cumpra o desejo de Jesus quando nos diz: “Toda autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide, pois, e ensinai a todas as nações;batiza-ias em nome do Pai, do Filho, e do Espírito Santo. Ensina-os a observar tudo o que vos prescrevi. Eis que estou convosco todos os dias até fim” (Mt 28, 18-20). Assim sendo meus queridos, queiramos ao longo deste novo ano caminhar sob à Autoridade do Amor, para que através dela conduzamos e erguamos todos quantos o Senhor nos permitir encontrar. Ah… não nos preocupemos como e o que faremos, só queiramos fazer! Abramo-nos à Graça e o milagre da missão acontecerá. Em gestos simples como um sorriso, uma palavra, um afeto, uma acolhida, uma oração, uma escuta, um silêncio, ainda que pequenos, quando feitos amorosamente realizam GRANDES coisas! Um Ano de Graça e Amor a todos!

sábado, 2 de janeiro de 2010

Campanha da Fraternidade 2010


Do Pe. Dr. Brendan Coleman Mc Donald


Adital -

Com um ato solene a terceira Campanha da Fraternidade Ecumênica foi lançada no dia 10 de setembro, próximo passado, no Rio de Janeiro. O tema da Campanha da Fraternidade 2010 é "Fraternidade e Economia" e o lema é "Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro" (Mt 6, 24). O tema e o lema foram escolhidos no ano passado depois de muitas reuniões e pesquisas. O evento contou com a participação de várias autoridades eclesiásticas e políticas: O secretário geral da CNBB, Dom Dimas Lara Barbosa; o presidente do CONIC (Conselho Nacional de Igrejas Cristãs), pastor sinodal Carlos Augusto Möller; a senadora Marina Silva; o economista e secretário de Economia Solidário do Ministério do Trabalho, professor Paul Singer entre outros.
Sob a responsabilidade do CONIC, a Campanha da Fraternidade de 2010 será ecumênica e estará aberta à participação de todas as denominações cristãs. O objetivo geral da Campanha é "Colaborar na promoção de uma economia a serviço da vida, fundamentada no ideal da cultura da paz, a partir do esforço conjunto das Igrejas Cristãs e de pessoas de boa vontade, para que todos contribuam na construção do bem comum em vista de uma sociedade sem exclusão". Portanto a Campanha da Fraternidade 2010 quer unir as Igrejas Cristãs e, principalmente a nossa sociedade, que é formada por pessoas de boa vontade, na promoção de uma economia a serviço da vida, sem exclusões, criando uma cultura de solidariedade e trazendo a paz. A Campanha vai nos ajudar a reconhecer nossa omissão diante das injustiças que causam exclusão social e miséria. Hoje precisamos combinar eficiência econômica, justiça social e prudência ecológica, percebendo a relação e a importância do meio ambiente nas atividades de desenvolvimento econômico, social e cultural.
O Texto-Base da Campanha insiste que a economia existe para a pessoa e para o bem comum da sociedade, não a pessoa para a economia. O lema da Campanha, a afirmação de Jesus registrada no Evangelho de Mateus: "Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro" (Mt 6,24) nos propõe uma escolha entre os valores do plano de Deus e a rendição diante do dinheiro, visto como valor absoluto dirigindo a vida (Texto-base, p.47). O dinheiro, embora necessário, não pode ser o supremo valor dos nossos atos nem o critério absoluto das decisões dos indivíduos e dos governos. O dinheiro "deve ser usado para servir ao bem comum das pessoas, na partilha e na solidariedade". Toda a vida econômica deveria ser orientada por princípios éticos. A medida fundamental para qualquer economia é um sistema que deveria criar reais condições de segurança e oportunidades de desenvolvimento da vida de todas as pessoas, desde os mais pobres e vulneráveis. O capitalismo selvagem trabalho no sentido oposto. Não se importa com a destruição da natureza ou com o fato de que está tornando sistêmica a miséria de milhões de famílias.
Na história humana, marcada por ambições, explorações, injustiças e ganância, a Bíblia se volta decididamente para a defesa dos pobres. No âmbito social, a Bíblia nos mostra profetas acusando reis e gente poderosa que enriquece à custa do povo e não cuida bem daqueles a quem deveriam servir (Is. 3,13-15; Jr 5, 27-29: Ez 34, 2-4 etc.). No âmbito comunitário, a Bíblia fala sobre a diária do trabalhador que deve ser paga no mesmo dia, pois ele precisa disso para viver (Ex 19, 13), e ao socorro que devemos prestar aos pobres (Dt 15, 7-11). No âmbito pessoal somos chamados a evitar corrupção e desonestidade e viver a partilha no amor fraterno. As palavras de João no Evangelho de Lucas (Lc 3, 10-14) nos oferecem uma orientação clara nesta área. (cf. p.48 do Texto-Base).
O Texto-Base da Campanha deve ser um instrumento à disposição das comunidades cristãs e de todas as pessoas de boa vontade para enfrentar, com consciência crítica, os temas do desenvolvimento e da justiça, da economia e da vida humana no Brasil e no mundo. Precisamos denunciar a perversidade de todo modelo econômico que vise em primeiro lugar o lucro, sem se importar com a desigualdade, miséria, fome e morte. A Campanha nos convida a lutar para: incluir a alimentação adequada entre os direitos previstos na Constituição Federal; erradicar o analfabetismo; eliminar o trabalho escravo; combater o trabalho infantil; conseguir uma tributação justa e progressiva; garantir o acesso à água e continuar a luta pela Reforma Agrária.

* Redentorista e Assesssor da CNBB-Reg. NE1

Bíblia O diálogo entre Deus e seu povo


Olá! Amiguinho,

Desde todo o sempre Deus se preocupou em si comunicar com seus filhos. Ele usa várias formas para entrar em nosso coração: a beleza e perfeição da natureza; a música, a oração, o silêncio, a presença das pessoas, os acontecimentos em nossa vida, o canto dos pássaros e muitas outras coisas que nos cercam no dia-a-dia.

Mas, Deus também nos fala através da sua Palavra, nos dá ensinamentos que estão todos em um livro chamado: BÍBLIA.

A Bíblia é um livro que reúne vários outros livros menores, ela se divide em duas grandes partes: o Antigo Testamento e o Novo Testamento.

Na Bíblia, testamento significa ALIANÇA, COMPROMISSO.

O Antigo Testamento revela a aliança feita entre Deus e seu povo.

O Novo Testamento revela a aliança que Deus fez, através de seu Filho, Jesus Cristo, com toda a humanidade.

Apesar de ter sido escrita há muito e muitos anos, a bíblia é atual, responde às nossas dúvidas e nos fortalece diante das dificuldades da vida.